9 de outubro de 2009 No cinema / 2h 33min / Guerra, Ação
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro Quentin Tarantino, Tom Tykwer
Elenco: Brad Pitt, Mélanie Laurent, Christoph Waltz
Título original Inglourious Basterds
Cineastas de todo mundo que tal um acordo? Depois de anos de centenas de dramas xaropes sobre a Segunda Guerra Mundial e algumas raras obras primas, ninguém mais tem permissão para criar um filme do gênero, certo? Como o próprio Brad Pitt falou, não há razão para voltarmos a eterna luta entre nazistas e aliados.
Depois de Bastardos Inglórios, não falta mais nada na lista - nem mesmo mudar o curso da história. Quentin Tarantino quebrou a última barreira do seu mundo alternativo, em que mulheres se vingam com espadas e assassinos dançam como Batman dos anos 1960. Tarantino agora entrou em nossa dimensão e não deixou nada da mesma maneira.
Nesta brincadeira com trilha de western com ecos profundos de Cães de Aluguel e Os Dozes Condenados, Brad Pitt é o tenete Aldo Reiner, líder de um batalhão jogado na França ocupada por Hitler para matar nazistas. Do outro lado da trama, Mèlanie Laurent vive Soshana, judia que viu a família ser dizimada pelo coronel Hans Landa e ganhou uma nova identidade como a proprietária de um cinema em Paris.
As duas história andam em paralelo quando os dois grupos planejam atacar os alemães na premiere de longa de propaganda nazista na charmosa sala parisiense. Além da violência característica de Tarantino, Bastardos traz diálogos e frases que vamos repetir por anos a fio, a grande maioria proferida por Landa, vilão mais interessante da mitologia do cineasta. Seu carisma só é rivalizado por sua crueldade. Um ingrediente vital em um filme que Tarantino não tem medo de proclamar em sua últimas palavras do roteiro: "Esta pode ser minha obra-prima". Sem dúvida. NOTA: ⭐⭐⭐⭐⭐
CRÍTICA POR RODRIGO SALÉM PARA A REVISTA SET EM SETEMBRO DE 2009
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